domingo, 24 de julho de 2011

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE: RACISMO E SEXISMO NO ÂMBITO DA SAÚDE

Muitos  trabalhos  que  abordam  temas  relativos  à  saúde  reprodutiva  a  maioria  deles
relacionam as mulheres negras ao processo  saúde-doença,  sendo mais expostas à  infertilidade e à mortalidade  materna,  como  um  resultado  sua  predisposição  biológica  para  algumas  doenças,  a exemplo  da  hipertensão  arterial  e  a  miomatose,  ao  invés  de  abordar  temas  relacionados  a dificuldades de acesso a serviços de saúde, fruto da discriminação racial que determinaria sua maior concentração  em  área  de  periferia,  onde  a  infra-estrutura  de  serviços  é  ausente  ou  deficiente (PERPÉTUO, 2002).
As  desigualdades  raciais,  resultantes  dos  efeitos  da  exclusão  social  e  do  racismo,  são
manifestadas  através  da  prática  do  preconceito  e  da  descriminação.  Pesquisas  revelam  que  as iniqüidades em saúde das mulheres negras são decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão  social  e  acesso  a  condições  dignas  aos  serviços  de  saúde  (SANTOS;  GUIMARÃES; ARAÚJO, 2007). 
Alguns  autores  (BARBOSA,  2001;  LOPES,  2004  e BATISTA,  2002)  descrevem  quando
analisa os indicadores que para os negativos a população negra tem o maior índice, principalmente a mulher negra que contraria os números quando comparada ao homem branco. Porém em relação ao índice positivos como expectativa de vida a mulher branca tem o maior índice (71 anos) enquanto a mulher negra (66 anos) (BATISTA, 2002).
Desta  forma  quando  se  faz  o  recorte  racial  à  discussão  das  desigualdades  que  atingem  as mulheres no Brasil comumente aponta para a presença de uma tríplice discriminação: o fato de ser mulher,  ser  negra  e  a  questão  social.  E  que  a  mulher  negra,  enquanto  ser  indivisível  vivencia simultaneamente graus extremos de violência decorrente do sexismo, do racismo e dos preconceitos de classe social, em um bloco monolítico (BARBOSA, 2001; WERNECK, 2001).
As  iniquidades  em  saude  revelam  atraves  dos  estudos  transversais  como  a
interseccionalidade  trata  especificamente,  do  racismo,  sexismo,  opressão  de  classe,  criando desigualdades basicas que estruturam posições, principalmente quando se refere as mulheres negras.
Pois de acordo com Crenchaw  (2002) as mulheres racializadas frequentemente estão posicionadas em um espaço onde o racismo ou a xenofobia, a classe e o genero se encontram.

Baixe o trabalho completo:
Vale a pena confeir.

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